A romã, a tribo, a procura
O caldo da cultura, o cauim
A quermesse, o curso, a bienal, a escultura
Hosana nas alturas, anjos no céu de Berlim.
Osasco
Osaka
Rosa
Bomba
Maca
Ossos do office-curumim
Dança o povo negro
Dança o povo índio
Sobre as roças mortas de aipim
Dança a nova tribo
Dança o povo inteiro
Dança a moça triste do Benin

Dança – Chico César

Essa pra mim é uma das músicas mais bonitas do Chico César e serve como uma luva pra ilustrar o que estou sentindo nesse momento. Fala sobre a dança e o quanto ela está presente em todos os povos, culturas e como ela serve para representar todas as emoções.

Eu estou aqui feliz, anestesiada por tantas emoções pelas quais vivi hoje e sei que muita gente que estava lá hoje compartilha comigo esse sentimento. Muitas gerações e diferentes turmas e panelas que participei debaixo do mesmo teto, e todos unidos em torno de um único amor: a dança. Foi uma delícia, foi maravilhoso, foi revigorante.

Eu não dançava com as minhas primas Taís e Cíntia desde 92 (21 anos!!!), com a Rosana, Daniela e Paula desde 96, com a Dadi e com a Carol desde 99, com a Suelen desde 2002, com Tayana, Jorge e Priscila desde 2006. Anos, anos, anos e mais anos. E é claro que não tem magia, né! Os músculos obviamente sentiram o tempo que passou nesses sete anos que fiquei parada, mas meu coração e minha alma não. Eles nunca souberam que eu parei de dançar, para eles eu sempre fui bailarina. E posso dizer que estou feliz como há muito tempo não me sentia. Muito obrigada a cada uma das meninas que esteve lá e pode compartilhar comigo esse momento e comprou a ideia desse retorno, obrigada ao Xoxó e principalmente à Ana que nos proporcionou essa aula espetacular e nos fez sentir saudades das horas intermináveis de ensaio. Hoje tive certeza de algo que eu já desconfiava: o amor à dança é mesmo imortal!!!

365/26